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Catarata

No olho normal a luz atravessa duas lentes que são responsáveis pela focalização da imagem na retina. Uma lente é a córnea, que compõe a superfície anterior do olho e a outra é o cristalino que se situa atrás da íris e pupila.


Catarata é a perda de transparência (opacificação) do cristalino. À medida que avança bloqueia progressivamente a habilidade da retina de perceber as imagens, cores e luz. A catarata é, na grande maioria das vezes, parte do processo de envelhecimento.


Cerca de metade das pessoas com mais de 60 anos tem alguma forma de catarata e após os 80 anos mais de 80%. É a causa mais frequente de cegueira recuperável em todo o mundo. Nos Estados Unidos mais de 2.000.000 de cirurgias são realizadas todos os anos. No Brasil, calcula-se que se realizam cerca de 400.000 cirurgias por ano.

Tipos de Catarata

  1. Cataratas Senis - São aquelas conectadas ao processo de envelhecimento.
  2. Cataratas Secundárias - Cataratas podem surgir após cirurgias intra-oculares para o tratamento de outras doenças oculares como glaucoma e descolamento de retina. Algumas doenças sistêmicas têm maior incidência de catarata, como o diabetes. Podem surgir também com o uso prolongado de corticóides, principalmente na forma de colírios.
  3. Cataratas Traumáticas - Cataratas podem desenvolver após traumatismo ocular. Podem ocorrer logo após o trauma ou, às vezes, anos depois.
  4. Cataratas Congênitas - Algumas crianças podem nascer com catarata ou estas podem surgir alguns anos após. Podem ser discretas e não comprometer a visão ou, às vezes, necessitar tratamento cirúrgico.

Sintomas


  1. Visão enfumaçada, borrada.
  2. Dificuldade de percepção de cores.
  3. Visão difícil com pouca iluminação.
  4. Sensibilidade à luz e reflexos luminosos.
  5. Visão dupla (diplopia) ou múltiplas imagens em um mesmo olho.
  6. Troca frequente das lentes dos óculos ou das lentes de contato.
  7. Pupilas com coloração esbranquiçada.


Sequência da perda visual na catarata

Estes sintomas também podem estar presentes em outras doenças oculares, daí a necessidade de um exame completo com o oftalmologista.

Diagnóstico

Um exame oftalmológico completo é necessário para o diagnóstico, para a avaliação da catarata e para determinar se a cirurgia está indicada. No IOBH você pode contar com todos os exames necessários:


  1. Refração: teste para avaliar se a atualização das lentes dos óculos pode melhorar a visão e eventualmente adiar a cirurgia.
  2. Acuidade Visual a Laser: teste para estimar a recuperação visual que poderá ser obtida com a cirurgia.
  3. Fundoscopia/Biomicroscopia do Fundo de Olho: permite examinar o nervo óptico e a retina pra detectar outras doenças que podem estar associadas como o glaucoma, degeneração macular relacionada a idade, retinopatia diabética, etc.
  4. Biomicroscopia: permite o exame da catarata, avaliar o tipo, a evolução e para programar a melhor estratégia cirúrgica para cada caso.
  5. Ceratometria: medida da curvatura da córnea, fundamental para o cálculo da lente intra-ocular para cada paciente.
  6. Ecobiomentria: medida do comprimento axial do olho, também fundamental para o cálculo da lente intra-ocular.
  7. Ultra-sonografia: exame da cavidade ocular, retina, nervo óptico quando a catarata é muito avançada e impede um exame adequado do fundo de olho.
  8. Microscopia Especular da Córnea: permite a fotografia das células endoteliais da córnea para avaliação da sua vitalidade e quantidade. Importante na escolha da melhor técnica cirúrgica a ser empregada.
  9. Topografia Computadorizada da Córnea: permite o estudo do astigmatismo corneano e auxilia na escolha do tipo e posicionamento das incisões para a cirurgia
  10. Teste de Sensibilidade ao Contraste: avalia a perda de sensibilidade ao contraste, um dos sintomas mais freqüentes e precoces no desenvolvimento da catarata.


Quando remover a catarata?

Uma catarata necessita remoção quando o comprometimento visual interfere com sua atividade diária, como leitura, dirigir o carro, assistir televisão.


Na maioria das vezes a catarata se instala muito lentamente e com frequência as pessoas mais idosas não se dão conta de quão comprometida está a sua visão.


A decisão final será sempre do paciente, orientado pelo seu médico. Na maioria dos casos, adiar a cirurgia de catarata não compromete o resultado. Por outro lado, isto significa ter de conviver com alguma limitação na qualidade de visão. Antes, com técnicas antigas, esperava-se a catarata “amadurecer” ou seja, atingir um estágio mais avançado. Hoje com as técnicas modernas de extração com sofisticados aparelhos de ultra-som e micro-incisões que não necessitam pontos, a maioria dos cirurgiões preferem operar nos estágios mais iniciais da catarata, o que facilita a sua remoção. Eventualmente, em alguns tipos de catarata, a indicação de cirurgia pode ser imediata se estiver associada a outras doenças oculares.


A cirurgia da catarata é um procedimento com alto índice de sucesso, desde que não exista outra doença ocular associada que possa também estar comprometendo a visão.


Técnicas avançadas e equipamento sofisticado tornaram a cirurgia da catarata uma das cirurgias mais realizadas e de maior índice de sucesso em toda a medicina.


Como a cirurgia de catarata é a remoção de uma lente (cristalino), para a recuperação da visão torna-se necessária a utilização de outra lente para a recomposição do foco.


Isto pode ser feito com óculos, lentes de contato ou lentes intra-oculares. De longe a melhor opção é a colocação de lente intra-ocular. Existe hoje uma grande variedade de lentes intra-oculares e o seu médico poderá ajudá-lo(a) a escolher o melhor tipo para você.


Ponderações

A cirurgia da catarata é hoje um verdadeiro milagre da medicina. Com a colaboração de físicos, bio-engenheiros e oftalmologistas, a moderna cirurgia da catarata atingiu um estágio fantástico de sucesso.


É todavia importante que o paciente candidato à cirurgia de catarata entenda os aspectos básicos da cirurgia e se sinta à vontade para discutir com o seu médico suas dúvidas, expectativas e opções.



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